A pílula da minha melhor amiga
A pílula da sua melhor amiga pode não ser a melhor pílula para você.
Hoje temos uma grande diversidade de pílulas à disposição das mulheres para evitar gravidez. Todas elas têm em comum a alta eficácia anticoncepcional, isto é, o número de mulheres que engravidam tomando pílula do jeito certo é baixíssimo. Porém, elas diferem na sua composição, na dose de hormônios e no número de comprimidos na cartelinha, assim, apresentam efeitos colaterais e benefícios à saúde diferentes.
Mas por que existem tantas pílulas diferentes? Porque a indústria farmacêutica continua incansável na procura da pílula perfeita, da pílula que, ao mesmo tempo, seja mais eficaz, provoque menos efeitos colaterais e proporcione mais benefícios à saúde da mulher.
A pílula oral combinada é o método contraceptivo mais usado no Brasil. Basicamente, ela é composta por dois hormônios sintéticos derivados do estrogênio e da progesterona. O derivado do estrogênio, chamado etinilestradiol, é o mesmo para todas as pílulas (exceto a pílula Qlaira®, recente no Brasil, composta de valerato de estradiol), porém, a dose é diferente entre as pílulas. Já, as pílulas apresentam diferentes derivados da progesterona entre si. Portanto, a dose de estrogênio e o derivado da progesterona, que a pílula contém, definem seus efeitos colaterais e benéficos.
A escolha da sua melhor pílula é uma tarefa a ser dividida com seu ginecologista, pois depende, entre outras coisas, dos seus hábitos de vida, do seu estado de saúde e dos benefícios desejados.
Escolha feita, o uso correto da pílula é fundamental para se obter a máxima eficácia contraceptiva, além de minimizar eventuais efeitos colaterais.
Ao iniciar uma nova pílula, você deve usá-la por um período de até 3 meses e retornar ao ginecologista para uma avaliação. Na persistência de efeitos colaterais, pode ser necessário trocar de pílula.